sábado, 12 de julho de 2008

CRF





*Os CRF tiveram início em 1992, durante uma primeira reunião do guitarrista (Gabriel), do baixista (Sérgio) e do baterista (Nélio), cuja intenção era a de gravar uns temas originais do guitarrista, que estavam na origem de uma entrevista ao mesmo para um jornal da escola (um nado-morto que se chamaria “Putre Factos”, que acabou de servir de empurrão para o nascimento do “Versus”, jornal da Escola secundária Jaime Moniz, e em cuja primeira edição veio um artigo sobre os CRF). Nesse primeiro encontro surgiram as primeiras ideias para os primeiros temas da banda , que apesar de recorrerem a um formato rock muito convencional e simples, detinham a uma sonoridade muito atípica, anti-convencional, devido à ausência de uma bateria – a percussão era assegurada por uma caixa de papelão, garrafas de vidro e uma série de objectos que fossem potenciais fontes de sons rítmicos -, e ao facto de o Gabriel extrair sonoridades diferentes da guitarra através de afinações diferentes ou de outras técnicas mais experimentais. O núcleo forte dos CRF estava, assim, formado. Ao adquirirem uma bateria, em muito mau estado (peles rotas e pratos rachados) , e convidarem o João Martins para as vozes, nasceu, a primeira fase da banda. Neste primeira encarnação, e devido a um excedente número de temas que não se enquadravam no formato rock dos CRF, por serem mais experimentais, conceptualmente diferentes do conceito rock primário que a banda praticava, e serem instrumentais, foi criado um projecto paralelo intitulado “Rótulo Preto”, o qual era constituído, para além do Nélio, Sérgio e Gabriel (na bateria, baixo e guitarra, respectivamente ) pela Lina na flauta e pelo João no bandolim. Estes dois projectos gémeos (embora seguindo uma lógica musical totalmente antagónica) estrearam-se pela primeira vez no Camacha 92.


*Em 1993 a banda foi totalmente renovada, ambos os projectos fundiram-se, e combinaram o repertório de ambas as partes, mantendo-se a construção musical clássica do rock, dos CRF (embora a simplicidade conceptual tivesse dado lugar a uma maior minuciosidade de composição, acrescentando mais partes às músicas e deixando lugar para os solos), e acrescentando a multiplicidade instrumental dos Rótulo Preto, sendo o João substituído pela Rafa nas vozes, a Lina pela Susana na Flauta, e o João deixou o lugar do bandolim vago para o saxofone do Bianco. Esta Formação actuou uma única vez no Camacha 93.


*Os CRF voltaram a actuar em 1998, com o João de Deus (então baterista de dos Klinika) a substituir o Nélio na bateria, com o Sérgio no baixo, o Gabriel a se estrear nas vocalizações (acumulando esta tarefa com a de guitarrista), o João Góis (que mais tarde viria a fazer parte da banda afro-beat portuense Tchakare Kanyembe) no trompete, e o Humberto Pedras (C'azoada) nos sintetizadores.

*Em 2004, com a ausência do Sérgio - tendo o Manuel (baixista dos Klinika) o substituído no baixo acústico -, com o Gabriel a assumir as funções definitivas de vocalista e guitarrista, e o Nélio na bateria, a banda tocou na Camacha, sob a designação de “Neon Pop” para apresentar temas novos, sustentados por uma vertente melódica mais pop, abandonando o rock praticado até à data.

Neon Pop

*Em 2007 o Sérgio volta a se juntar à banda para a derradeira actuação, num concerto que contou apenas com a participação dos elementos fundadores, voltando a convidar o João Martins para o microfone.







Rótulo Preto:

Gabriel - Guitarra
Sérgio - Baixo
Nélio - Bateria
Lina - Flauta
José João - bandolim



CRF

Gabriel - Guitarra e voz
Sérgio - Baixo
Nélio - Bateria
João Martins - Voz
Rafa - Voz


(Músicos que contribuiram ao longo dos anos de existência da banda):

Susana - Flauta
João "Mêmo" (Tchakare Kanyembe, Camachofones, Eletrustic) - Trompete
Humberto Pedras (C'azoada, Klinika) - Teclas
Manel (Klinika, Perfect Sin) - Baixo
João de Deus (Klinika) - Bateria

Bianco - Saxofone
Catarina Velosa - Voz
Higino Andrade (Camachofones, Forgotten Roads) - Baixo




"Memories Out Of Night" - Ensaio na casa do Gabriel (1992)




"Delay" - Ensaio na Casa do Povo (2007)


Sem comentários: